24.4.09

Merci Nelson pour l'astuce.




Eu não vejo televisão, os telejornais deprimem-me, os programas de entretenimento enervam-me, e a programação em geral entedia-me.


Mas as séries como Lost, Galactica, e agora esta, o Breaking Bad fazem-me perder horas de sono e ver os episódios todos de uma série de uma enfiada só.

14.4.09

Où est mon existence, si je n'existe en moi?

Mas a vitória fulva esvai-se logo...
E cinzas, cinzas só, em vez do fogo...
- Onde existo que não existo em mim?



Escavação
Mário de Sá-Carneiro
Paris, 3 de Maio de 1013

7.4.09

Menino Joaquim




Hoje de manhã fui aos correios enviar uma prenda para o nosso afilhado Joaquim, que vive em Nampula, Moçambique.


A senhora que me atendeu contou que a sua melhor amiga, também ela madrinha de uma criança moçambicana, a visitou recentemente e que regressou horrorizada.

Com a fome, a miséria, com as condições de vida, ou melhor, com a total ausência delas. Com o facto de todos os meninos lancharem na escola apenas uma tarde por semana.

Regressou e tornou a voltar a Moçambique para desta vez, trazer a menina. O Governo moçambicano não o permitiu, as crianças são sua propriedade.

Não contente, enveredou pela única via possível em países corruptos, pela via pública.
Contactou televisões, amigos (re)conhecidos pela imprensa nacional (não sei se algum político, ou algum actor de telenovelas), o certo é que resultou e a criança vive agora no Porto.


Descobri o apadrinhamento à distância na Revista Pública e, de entre todos os ineficientes organismos que actuam em África, pareceu-me o mais correcto, aquele que menos apologia faz à barbaridade do catolicismo intransigente e demencial.

Afirmamos que vivemos num mundo injusto, cruel para com os mais pobres, que a desigualdade social entre os diferentes mundos é gritante, mas são meras palavras, que nada valem contra a fome que o Joaquim sente.


O que se dá a uma criança que não tem nada?
Rebuçados, cadernos, arroz, canetas, uma bola de futebol?


Daqui a pouco, o jantar que irei comer, irá saber-me mal.
Mil milhões de olhos esfomeados irão olhar para o meu prato de sopa.



Quando temos um nome, uma fotografia de um rosto, um desenho de uma casa e um sorriso desenhado a lápis de cor, tudo se altera.
Sentimo-nos responsáveis por esse rosto, pela continuidade da sua educação básica, por fazê-la um pouco mais feliz.





A Helpo é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que promove o Apadrinhamento de Crianças à Distância. Já apadrinhou mais de 4500 crianças em países como Angola, Nepal e Moçambique, sendo que actualmente se encontra a operar unicamente em Moçambique.
Contempla quatro modalidades: apadrinhamento completo (21€ mensais), apadrinhamento escolar (13€ mensais), apadrinhamento colectivo (26€ trimestrais) e apadrinhamento escolinha rural (35€ mensais), podendo através destes garantir um apoio ao nível da educação, saúde, alimentação e higiene.

Para além dos benefícios que este apoio possibilita à criança e à sua comunidade, os padrinhos podem corresponder-se com os afilhados, recebendo igualmente notícias do seu progresso.

I wish I had been there





Thank you John for the movie: