29.7.09

They will never answer anything.





Esta é a melhor legendagem que vi nos últimos tempos.
Para mim o Lost também detém o mesmo epiteto, a da melhor série dos últimos tempos e só quem nunca viu os episódios, um a um, respeitando a sua ordem, poderá não compreender a magnitude do argumento e de todos os infindáveis detalhes.

Só tenho um pedra no sapato que me incomoda, o monstro do fumo negro, ok, pronto e o Jacob (também não gosto dele).

27.7.09

Cette aveuglant absence de vie


As repercussões na imprensa local

voz da póvoa
(claramente esquerdista e com uma tomada de decisão nitidamente contra a tourada, não dando relevo praticamente nenhum ao que na arena se passou)

semanário
(quem tiver coragem que espreite o asco e a miséria presentes na fotogaleria e no miserável texto que a acompanha)
















Já não recordava a frieza e presença de espírito necessárias para que a calma se mantenha e as palavras não se soltem descontroladamente.
Éramos poucos, mas a mensagem foi ouvida, mas sobretudo lida. As seis mil pessoas que enchiam a infame praça deixavam de sorrir ao passar por nós, uma alfinetada na boa disposição da tarde de sol.


O momento mais duro, difícil de suportar, é o da saída dos espectadores, o desprezo mútuo que se sente no ar, aguentar passivamente o olhar nos rostos amorfos, ocos de qualquer sensibilidade.

Fomos galardoados com bastantes lugares comuns, cuspidos com brusquidão na nossa direcção, O toiro é cultura!, Vocês não têm sequer lugar onde cair mortos ou Vocês é que deviam estar na arena (este sim, verdadeira preciosidade antropológica, sobre a qual continuo ainda a reflectir a sua verdadeira dimensão).


Enojam-me as atrocidades cometidas contra todo o género de animais, enoja-me a estupidez imediata das pessoas e a falsa moralidade com que lidam com o próximo.

24.7.09

MANIFESTAÇÃO

PARTICIPA NA MANIFESTAÇÃO ANTI-TOURADA

DIA 26 DE JULHO (DOMINGO) DAS 16.00 ÀS 19.00 HORAS
EM FRENTE À PRAÇA DE TOUROS DA PÓVOA DE VARZIM


VAMOS TODOS PARA LÁ PESSOAL,
VESTIDOS DE PRETO,
UNIDOS, POR UMA CULTURA SEM SOFRIMENTO.

Lobster


Do melhor que ouvi este ano na Festa de Serralves.

23.7.09

Lost in Laos

That's where we'll gonna be in a few months.


Não existe nada neste homem que eu não ame

Montaña Blanca

José Saramago

Agora que as minhas pernas vão recuperando pouco a pouco a resistência e a andadura normal graças aos esforços conjuntos do dono delas e de Juan, meu dedicado fisioterapeuta, apetece-me recordar aquela tarde de Maio em que, sem havê-lo pensado antes, me pus a subir a Montaña Blanca, nada confiante, ao princípio, em que conseguiria chegar lá acima. Foi isto há 16 anos, em 1993, e eu tinha então exactamente 70. A Montaña Blanca, que se ergue a uns dois quilómetros da casa, é a mais alta de Lanzarote, o que em todo o caso não quer dizer grande coisa, porquanto a ilha, ainda que acidentadíssima, com as suas centenas de vulcões apagados, não goza de nada que possa pôr-se ao lado do Teide de Tenerife. Tem de altura, em relação ao nível do mar, um pouco mais de 600 metros e a forma de um cone quase perfeito. Se eu a subi, qualquer um poderá subi-la também, não é preciso ser-se montanheiro consumado. Convirá, porém, calçar botas apropriadas, dessas com pontas metálicas nas solas, dado que as encostas são muito resvaladiças. Em cada três passos, perde-se um. Que o diga eu, com os meus sapatos de sola alisada pelas alcatifas domésticas… Chegado ao sopé do monte, tinha perguntado a mim mesmo: “E se eu subisse isto?” Subir aquilo era, na minha cabeça, trepar uns vinte ou trinta metros, só para poder dizer à família que havia estado na Montaña Blanca. Mas quando os vinte metros primeiros foram vencidos eu já sabia que teria de chegar ao alto, custasse o que custasse. E assim foi. A ascensão necessitou de mais de uma hora para levar-me aos afloramentos rochosos que coroam o monte e que devem ser o que resta dos bordos da antiga cratera do vulcão. “Valeu a pena?”, perguntar-se-á por aí. Tivesse eu as minhas pernas de então e deixaria agora mesmo esta escrita no ponto em que está para subir outra vez e contemplar a ilha, toda ela, desde o vulcão da Coroa, no Norte, até às planuras do Rubicón, no Sul, o vale de La Geria, Timanfaya, o ondular das inúmeras colinas que o fogo deixou órfãs. O vento batia-me na cara, secava-me o suor do corpo, fazia-me sentir feliz. Foi em 1993 e eu tinha 70 anos.

Julho 21, 2009


14.7.09

What a nice short film



Spectacular car chases, an intense hostage crisis, wild animals rampaging through the city... and even more in LOGORAMA.

Directors within H5, a graphic studio renowned for its CD front covers (Superdiscount, Air, Demon...) and artistic direction (Dior, Cartier, YSL...), François Alaux, Hervé de Crécy and Ludovic Houplain directed many videos (Alex Gopher, Massive Attack, Goldfrapp, Röyksopp...), and are regularly invited to exhibitions for their artistic talents (2007 Nuit Blanche, Beaubourg, MoMA...). Logorama is their first short film.

Curtas Vila do Conde
Audience Award

8.7.09

Oku no Hosomichi


Depressa se vai a primavera
choram os pássaros e há lágrimas
nos olhos dos peixes.

Matsuo Bashô

7.7.09

NÃO ABANDONE A FAMÍLIA





Crueldade animal, DENUNCIE.
ou



Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana
SEPNA - 3ª Repartição
Largo do Carmo
1200-092 Lisboa
Tel. 21 3217000
Fax. 21 3217153
E-mail: sepna@gnr.pt

Guardas o coração ainda adormecido bem dentro do teu corpo

2.7.09

Sábado, dia das feiras

Desde muito pequenina que viajo para fora com o meu irmão e os meus pais.

Sempre invejei a movida espanhola, o prazer dos galegos ccom os lanches nas esplanadas ao pôr-do-sol das Rias Bajas ou dos madrilenos e os seus bótellons na Plaza Real, a alegria partilhada dos londrinos nos fins de dia laborais nos pubs fumarentos, o savoir vivre dos parisienses e os longos pic-nics nas margens do Sena, os marchés aux puces franceses, os mercados vibrantes ingleses.

O Porto acorda, talvez demasiado tarde, mas acorda.

Este próximo sábado, dia 4, será um bom dia para compras em segunda mão, para passear nos parques à sombra das tílias, para descer à Baixa e saborear uma cidade que só agora começa a renascer para os seus habitantes.


As minhas propostas são as seguintes,

Feira de Artesanato Urbano do Palácio de Cristal, na Avenida das Tílias
Feira Porto Belo, na Praça Carlos Alberto, junto ao maravilhoso quiosque encarnado
Feira Laica, do nosso amigo Marcos Farrajota, n'A Mula Ruge, Espaço Campanhã
Mercado de stock em segunda mão, no Armazém do Chá

Feira de Artesanato Urbano da Galeria de Paris
Inaugurações Simultâneas no Circuito Cultural de Miguel Bombarda e ruas adjacentes
(com visita obrigatória à minha Kuri Kuri, no número 242 da rua do rosário)