17.5.09

Sunday - movie day


Frida
Julie Taymor




There Will Be Blood
Paul Thomas Anderson




Dogville
Lars von Trier




Entre les Murs
Laurent Cantet


Gostei de ver a Frida, filme ligeiro e alegre (mesmo com todos os dramas inerentes à vida da pintora) e sobretudo de rever o comunismo ideológico de Diego Rivera e a sua persistência politico-artística.

Haverá Sangue, ocupando um honroso primeiro lugar do Junkie Awards 2008, fez-me sentir o mesmo do No Country for Old Men, dos grandiosos irmãos Cohen. Incomoda-me a estética norte-americana, o sotaque cerrado, os valores extremamente individualistas, mas o argumento, a fotografia cuidada e sobretudo os actores, representam o melhor do argumento, tornando o filme numa obra sublime e de uma clareza constrangedora.

Sendo Lars von Trier um dos meus realizadores preferidos, Dogville era uma lacuna pessoal na minha relação cinematográfica com Trier pois adiava continuamente ver este filme (talvez com receio de muitas opiniões menos favoráveis que fui ouvindo).
O espaço cinematográfico no qual decorrem todas as cenas é simples e teatral, sem qualquer cenário, sendo que a excelência do argumento é centrada na história e na actuação dos actores. Uma epopeia sublime sobre a humanidade (ou a ausência dela) de uma pequena povoação americana.

Entre les Murs é um filme sobre a relação conturbada entre professores e alunos de um liceu parisiense. A turma é multi-cultural, multi-étnica, reflectindo o contexto social e as mutações actuais na sociedade francesa. Temos assim alunos do Mali, de Marrocos, da Argélia, da China e claro está, de Portugal (a camisola da selecção nacional não engana). Apesar de ser um filme despretensioso, poderia ter ido mais longe, sobretudo nas relações entre alunos e o seu director de turma.

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