13.9.09

Os teus lábios parados eram a noite, o abismo

e o silêncio das ondas paradas de encontro às
rochas. O teu rosto dentro das minhas mãos.
Os meus dedos sobre os teus lábios e a ternura,
como o horizonte, debaixo dos meus dedos.
Os meus lábios a aproximarem-se dos teus lábios.
Os teus olhos entreabertos, os teus olhos e os
teus lábios a aproximarem-se dos teus lábios
a aproximarem-se dos teus lábios a aproximarem-se
dos meus lábios, teus lábios.

(JOSÉ LUÍS PEIXOTO, in "Gaveta de Papéis"/ Edições Quasi)

4 comentários:

Anônimo disse...

melosamente doce :)

ana disse...

Oui, concordo plenamente, melosamente :)

genital apoteótico disse...

Peço desculpa, mas este poema é muito mau.

ana disse...

Não, não é, senhor.
Poderá não ser uma obra-prima poética mas mau não é o adjectivo mais correcto a usar.